OLX está controlando mais de perto quem é quem no site. Foto: Depositphotos.
A OLX está ampliando bastante o uso de validação biométrica dentro da plataformas de compra e venda online, uma das maiores do Brasil.
Em nota, a OLX revela que a tecnologia fornecida pela Unico agora será usada no cadastro de novos usuários, durante a criação da conta; em casos de alteração de dados cadastrais; na recuperação de conta, dentre outras etapas.
A novidade vale para compradores, quanto vendedores, pessoas físicas ou jurídicas.
De fato, a ampliação é tão extensa que fica difícil imaginar para que a OLX usava biometria facial antes. A nota não chega a esclarecer isso, ou se a Unico já era fornecedora do site antes.
A companhia espera aumentar mais de 10 vezes a base de usuários validados no período de 12 meses.
“A ferramenta da Unico oferece uma precisão altíssima, garantindo, com 100% de certeza, que quem está realizando a transação é quem diz ser, e isso é extremamente valioso para ampliarmos não só a segurança, mas também a confiança dos usuários para fazerem os melhores negócios na nossa plataforma”, explica Camila Braga, gerente de Produtos da OLX.
A Unico é uma referência em biometria, mas uma divulgação como a da OLX é relativamente rara, uma vez que a maioria das empresas prefere esconder o jogo sobre fornecedores desse tipo de coisas.
Assim, a Unico divulga que os cinco maiores bancos privados do Brasil e nove dos 10 maiores varejistas confiam na tecnologia da empresa nas suas operações, sem abrir nomes.
A tecnologia cobre desde a criação de cadastros (onboarding), até operações como concessão de crédito, Pix, compras de alto valor no e-commerce e saques de prêmios de apostas, entre muitos outros.
Pelo que parece, a OLX decidiu fechar o cerco contra golpistas na plataforma.
Ainda na semana passada, o Baguete revelou que a empresa adotou tecnologia da Shield para controlar melhor os acessos ao site e aumentar a segurança por meio da chamada “identificação de dispositivos”.
A tecnologia da Shield permite distinguir dispositivos (celulares, computadores, tablets) que acessam a plataforma, não pelo nome do usuário, mas por características técnicas únicas do aparelho, como sistema operacional, endereço IP, padrões de rede e até o comportamento do usuário.
Assim, é possível detectar fraudadores que criam várias contas falsas usando o mesmo celular, ou bloquear dispositivos que já participaram de golpes e outras tentativas de acesso suspeitas, como trocas de e-mail, chip ou login.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário