
Kombi virou cativeiro. Foto: Divulgação/PMDF.
Um profissional de TI paraense se meteu numa grande confusão em Brasília: depois de contar vantagem para uma prostituta sobre suas habilidades técnicas e salário, acabou passando 25 dias em cativeiro dentro de uma Kombi.
O veículo estava em uma área rural no Guará II, um bairro de classe média alta distante apenas 10 km do centro da capital federal.
O homem foi levado para lá pela prostituta. Juntos eles consumiram drogas e álcool no local, ele dormiu e, ao acordar, a mulher já havia ido embora.
Em seu lugar, estava um criminoso que o manteve em cativeiro com ajuda de outros comparsas. A gangue tinha um plano: fazer o profissional trabalhar para eles, aplicando golpes.
“Eles entregaram uma lista com documentos de diversas pessoas para que o homem abrisse contas bancárias, empréstimos e cheques especiais em nome delas”, detalha o delegado-chefe da 4ª DP, Marcos Paulo Loures.
Ao se recusar a abrir contas em nome de outras pessoas e fazer empréstimos, ele começou a ser brutalmente agredido pelos bandidos com uma barra de ferro.
Além das sessões de tortura, a vítima relatou que só recebia uma refeição por no dia e que tinha que fazer as necessidades no mato.
O sequestrador exigia cada vez mais dinheiro, e a vítima, para ganhar tempo e sobreviver, passou a transferir pequenas quantias da sua própria conta, fingindo que eram resultado de fraudes. O cárcere durou 25 dias.
No dia do resgate, no final de agosto, o sequestrado foi levado por um dos bandidos a uma agência bancária no Guará II para sacar R$ 16 mil.
No local, enquanto o sequestrador o esperava do lado de fora, ele pediu ajuda a uma funcionária da limpeza. A trabalhadora, discretamente, trancou a porta do banco, alertou os seguranças, que ligaram para a Polícia Militar.
Os policiais chegaram rapidamente e abordaram o suspeito. Ao perceber a chegada da polícia, o sequestrador quebrou os três celulares da vítima para dificultar a investigação.