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Candidato vai ter que provar que se vira sem IA

Gartner dá uma palhinha de como devem ser os processos seletivos no futuro.

28 de outubro de 2025 - 06:31
"Tem algo aqui dentro ainda". Foto: Depositphotos.

"Tem algo aqui dentro ainda". Foto: Depositphotos.

Em um futuro não muito distante, candidatos a uma vaga de emprego vão ter que provar que ainda conseguem pensar sozinhos, sem ajuda de ferramentas de inteligência artificial. 

Pelo menos, é o que acredita o Gartner, que acaba de divulgar uma série de previsões sobre IA.

Uma delas é que até 2026, a “atrofia das habilidades de pensamento crítico, devido ao uso da GenAI”, levará 50% das organizações globais a exigir avaliações de habilidades “livres de IA”.

“As práticas de contratação começarão a diferenciar nitidamente candidatos que podem pensar de forma independente e aqueles que dependem excessivamente dos resultados gerados por máquinas”, aponta o Gartner em nota. 

Uma consequência para os profissionais em busca de um emprego é que os processos de contratação devem ficar ainda mais longos, na medida em que as empresas buscam por “talentos com capacidades cognitivas comprovadas”. 

Para o Gartner, é provável que surjam “métodos e plataformas de teste especializados”, projetados para “isolar a capacidade de raciocínio humano”, o que na época desse repórter se chamava de “teste psicotécnico”. 

Se em alguns processos você vai ter que provar que se vira sem o uso de IA, em outros o objetivo vai ser exatamente o oposto. 

Segundo o Gartner, até 2027, 75% dos processos de contratação incluirão certificações e testes de proficiência em IA no ambiente de trabalho durante o recrutamento

Essa tendência será especialmente forte para empregos em que a “captura, retenção e síntese de informações são componentes importantes”.